O lixo nosso de cada dia

De acordo com estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia) no Brasil são produzidos cerca de 220 mil toneladas de lixo, sendo o lixo popular (125 mil) responsável por mais da metade. Desse total apenas quatro mil toneladas são encaminhadas para as coletas seletivas. Precisamos nos conscientizar para que esse lixo não se torne cada vez mais prejudicial as nossas vidas. Você sabe por exemplo quanto tempo demora para se decompor cada tipo de lixo ? Veja abaixo uma tabela e mais informações sobre o lixo nosso de cada dia.
Para onde vai o lixo?
Lixões: Grandes aterros de áreas alagadas a céu aberto, onde os resíduos são despejados.
Vantagem: nenhuma
Desvantagem: Coloca em risco a saúde da população, poluindo o solo, a água e o ar.
Aterros sanitários: Aqui os resíduos são compactados e cobertos com terra.Existe tratamento dos gases e líquidos produzidos pelo lixo e controle de animais transmissores de doenças .
Vantagem: É uma técnica confiável, com baixo custo operacional.
Desvantagem: Mal administrados, os aterros se transformam em depósitos de ratos e insetos. Não há reciclagem de vários materiais.
Incineração: Os resíduos são queimados em altas temperaturas e transformados em cinzas. 
Vantagem: 
Reduz o volume de resíduos. É higiênico e apropriado, principalmente para o lixo hospitalar.
Desvantagem: Custo alto, os diferentes tipos de resíduos podem causar danos ao incinerador, e a fumaça produzida polui o ar.
Compostagem: São lugares onde sobras de comida, restos de podas de árvores e esterco de animais, são tranformados em adubo.
Vantagem: Reduz o volume de resíduos. O produto final pode ser utlizado como adubo e cobertura de aterros sanitários.
Desvantagem: O processo é lento e elimina gases mal cheirosos.
Reciclagem: O material é reaproveitado passando por um processo de transformação e retornando ao ciclo produtivo.
Vantagem: Diminuição dos problemas ambientais ( menos poluição, menos gastos com água e energia)
Desvantagem: Nenhuma http://www.ozengenharia.com.br/blog/tag/reciclagem/

'Vidas Áridas' retrata a pior seca dos últimos 40 anos no Norte de Minas

Jornalistas Geraldo Humberto e Délio Pinheiro falam da iniciativa do projeto.


Michelly OdaDo G1 Grande Minas

Comente agora
Agricultor se emociona ao se deparar com mais um animal morto em sua propriedade (Foto: Geraldo Humberto / Inter TV)Agricultor se emociona ao se deparar com mais um animal morto em sua propriedade (Foto: Geraldo Humberto / Inter TV)
Durante duas semanas, os jornalistas da Inter TV Grande Minas, Geraldo Humberto e Délio Pinheiro, percorreram 10 cidades do extremo Norte de Minas Gerais e puderam conviver com a maior seca dos últimos 40 anos. Os mais de dois mil quilômetros percorridos resultaram no "Movimento Vidas Áridas". Parte da iniciativa está documentada em 40 fotos, na exposição "Fome de Água no Sertão Mineiro", que será aberta ao público nesta sexta-feira (22) ás 19h30, no Montes Claros Shopping Center . Confira abaixo uma entrevista com os jornalistas.
Os jornalistas Geraldo Humberto e Délio Pinheiro (Foto: Michelly Oda / G1)Os jornalistas Geraldo Humberto e Délio Pinheiro
(Foto: Michelly Oda / G1)
G1 - Como surgiu o "Movimento Vidas Áridas"?
Geraldo -  A ideia está ligada às viagens que fiz ao extremo Norte. A primeira foi em março de 2012, para Mamonas, não havia água, foi um choque para mim que tenho 23 anos de televisão. Fiquei pensando no que iria acontecer até o fim do ano. Viajei para outras cidades, e em junho registrei a primeira morte de um animal. Surgiu uma inquietação, era preciso fazer algo, de início pensei em fazer somente as fotos e convidei o Délio.
Délio -  Nasci e moro no Norte de Minas Gerais. Somo jornalistas e temos uma visão mais atenta a tudo, e nosso trabalho nos leva a vários locais. Me encantei com o projeto e achei oportuno, havia cidades que no início da estiagem já precisam de carros pipa.
 G1- Houve um momento que foi o mais marcante de todos?
Geraldo - Em Espinosa vi a barragem seca e fiquei impressionado, não havia um filete de água. Em um depoimento, um agricultor disse preferir não ter nascido se ele soubesse que tudo aquilo iria acontecer. A falta de água para consumo humano me chocou. Quando os caminhões pipa chegavam era um alvoroço, alguns baldes tinham nomes para evitar brigas.
Ver um relatório sobre falta de chuva tem um grande peso. Mas ao ver um semblante, uma lágrima, o poder de mobilização é muito forte"Délio Pinheiro
Délio -  Foram muitas situações marcantes. As pessoas se abriram, falaram de suas vidas e anseios, como se fossémos amigos. Lidar com pessoas que abriram seus corações e casas, me marcou bastante. O norte-mineiro tem uma fibra inacreditável.
Crianças carregam baldes com a água que chegou em caminhão pipa (Foto: Geraldo Humberto / Inter TV)G1- Como está sendo a aceitação da iniciativa de vocês?
Geraldo -  Ficamos supresos com a aceitação das pessoas, temos mais de 30 parceiros, a exposição vai ser levada para outras cidades e também para Belo Horizonte e Brasília. A exposição vai se tornar itinerante e terá uma caravana com serviços de lazer e de saúde. Um corpo técnico também vai fazer parte para levantar os problemas e soluções do que pode ser feito de forma prática e efetiva. Queremos a inclusão social e ambiental das pessoas. 
Délio - Queremos fazer do "Vidas Áridas" o maior movimento de mobilização popular do Norte de MG. Em cada incursão várias demandas serão despertadas. Queremos que os deputados da região, que não têm vínculos, se unam por uma mesma bandeira, a da sobrevivência.
G1 - Qual a avaliação que vocês fazem destas duas semanas percorrendo o Norte de MG?
Geraldo - Às vezes reclamamos muito, precisamos olhar para o lado. Pensávamos que bom seria se outras pessoas além de nossos familiares pudessem ver a exposição.  O "Movimento Vida Áridas" deixa de ser meu e do Délio e passa pertencer a todas as pessoas do Norte de Minas.
Délio - Quem Mora em Montes Claros não sabe o que acontece em Espinosa, quem mora em Curvelo não imagina que em Mamonas e Pai Pedro, as pessoas sofrem com tantas dificuldades. Precisamos compreender o que os outros passam, é um exercício de solidariedade, por isso a população precisa se unir para conseguirmos fazer algo. 

Além exposição de fotos que acontece no Montes Claros Shopping Center, haverá exibição de um documenário, apresentações artísticas e pronunciamento de autoridades.

Várias cidades do Norte de Minas ficaram mais de oito meses sem água, mais de 100 decretaram emergência (Foto: Geraldo Humberto / Inter TV)


'Vidas Áridas' faz diagnóstico da seca em municípios do Norte de Minas

Movimento se uniu com especialistas para ouvir demandas da população.
Seis municípios estão sendo visitados; Porteirinha é o primeiro.

José Maria Neto tem que procurar capim todos os dias para alimentar seus cavalos (Foto: Adriana Lisboa / G1)O Vidas Áridas, projeto lançado em 2012, volta às estradas do sertão do Norte de Minas para documentar e propor alternativas para a realidade da seca que castiga a região há 40 anos.  Um ano depois de lançado, e depois se ser tema de audiências públicas em Belo Horizonte e Brasília (DF), o “Vidas Áridas na Estrada” se une a parceiros técnicos, através de representantes da Copasa, Emater, Instituto de Florestas, Codevasf e Amams, para gerar um diagnóstico dos efeitos e danos da forte estiagem que atinge a região, e passar as demandas às autoridades.
Sem chuvas, o Rio Serra Branca está praticamente
seco (Foto: Adriana Lisboa / G1)
Nesta primeira etapa do segundo ano do projeto, o Vidas Áridas na Estrada visita seis municípios do Norte de Minas Gerais.  A expedição saiu de Montes Claros (MG) nesta segunda-feira (30), e a primeira parada foi emPorteirinha, um dos municípios que mais tem sofrido com a seca. Em seguida a caravana segue para Pai Pedro, Catuti, Mathias Cardoso, Monte Azul, Taiobeiras e Rubelita, no Vale do Jequitinhonha.

Já nos primeiros quilômetros próximos à cidade de Porteirinha, a vegetação típica de semi-árido nordestino fica evidente. A mata seca ao longo da rodovia não esconde a escassez de chuvas e o crescente processo de desertificação.
José Maria Neto arrisca a vida na rodovia movimentada em busca de alimento para os animais. Duas vezes por semana, o lavrador corta o capim seco à beira da estrada para alimentar dois cavalos. Segundo ele, os animais estão fracos e não lhe resta alternativa para tentar salvar a produção, exceto aquele capim seco. “Nunca vi nada igual em 30 anos, a chuva não cai aqui. Só Deus mesmo”, diz José Maria Neto.
No vilarejo de Muganga, também em Porteirinha, centenas de famílias dependem de caminhhões-pipa para sobreviver. De acordo com o prefeito de Porteirinha Silvanei Batista Santos, a situação dessa comunidade representa a realidade das famílias da região.
Água chega a comunidade de Muganga em carros-
pipa (Foto: Adriana Lisboa / G1)
Silvanei afirma que 52% dos moradores vive da zona rural, e, historicamente, o abastecimento com caminhões era suficiente, mas há dois anos a quantidade da caminhões-pipa passou de seis para 16, e ainda não é suficiente, depois que o rio Serra Branca secou.
Milton José dos Reis mora em Muganga com a família e comemora a chegada do caminhão da prefeitura. O lavrador e a família dependem desse abastecimento para sobreviver. “Tenho 58 anos e é a primeira vez que vejo esse rio seco. Temos cisterna, temos tanque, mas não temos chuva. Nunca vi essa situação. Sem o caminhhão-pipa não sei o que seria”, diz.
Barragem de Serranópolis
Segundo moradores das comunidades de Serra Branca e Muganga, este é o primeiro ano que o rio secou. Os moradores dizem ainda que não chove na região desde novembro de 2012, e somente a revitalização da barragem de Serranópolis, que passa por um processo de assoreamento, é capaz de reverter o quadro de desertificação do local.

Template personalizado por Elaine Gaspareto

TOPO ▲